Dá pra afirmar que entre tantas invenções facilitadoras de vida que a raça humana conseguiu inventar com o passar das eras, o celular é com certeza 1 delas. Mas esta ferramenta milagrosa, aparentemente inofensiva, se tornou muito + do que se imaginava dela em sua criação. Com tantas funções, expansões e atualizações implementadas, nós temos, de forma fácil e acessível, informação ilimitada na palma da mão, tanto quanto 1 possível dependência que já é realidade pra muito + gente do que a gente pensa.
Dá pra acreditar que tudo isso começou na década de 40?
Foi nesta época que o Bell Labs (laboratório que pertencia à empresa americana de comunicação AT&T) inventou o 1º protótipo de telefone celular, permitindo a transmissão de voz e dados via ondas eletromagnéticas.
É claro que a tecnologia não se espalhou imediatamente mercado afora – apenas em 1973 o diretor da Motorola Martin Cooper realizou a 1ª ligação móvel no DynaTAC 8000, que pesava quase 1 quilo e tinha bateria que não passava de 20 minutos em atividade. E ainda assim, só em 1983 o aparelho começou a ser comercializado, chegando em solo brasileiro em 1990.
Com a evolução da tecnologia e a demanda cada vez maior de praticidade e velocidade na comunicação diária, o computador convencional, mesmo que na forma de notebook, se mostrou não muito funcional no quesito mobilidade, e o celular se tornou o alvo perfeito dos aperfeiçoamentos necessários pra garantir a execução de tais demandas.
Diversos ‘upgrades’ depois, assim nasceu o smartphone.
Aquele apetrecho que em seus primórdios apenas realizava ligações com sinal limitado agora tem possibilidades infinitas, e o foco não é + exatamente a telefonia, mas as aplicações e funções instaladas no software. Acesso à internet, jogos, aplicativos de bate-papo, redes sociais, simulações 3D, edição de fotos, vídeos…
O mundo é pequeno pra quem tem 1 celular na mão e isso não é ruim de maneira nenhuma, é só + 1 exemplo de como os avanços tecnológicos podem facilitar as nossas vidas, e muito!!! Mas este universo de facilidades pode se demonstrar 1 faca de 2 gumes pr’aqueles que se perdem dentro dele.
O vício é real e os malefícios também!!!
Pra se ter 1 ideia, de acordo com pesquisa a nível mundial feita pela Kaspersky (empresa especializada em segurança digital) 23% das pessoas preferem ficar peladas em público do que saírem de casa sem seus celulares. No Brasil os nºs não são muito diferentes: 22% dos conterrâneos estão de acordo com a afirmação e 23% acham que estar conectado a internet integralmente é + importante do que ter acesso fácil à água, comida e abrigo (!!!).
Parece conto da carochinha, mas é apenas 1 reflexo do nível de dependência tecnológica que o ser humano alcançou.
Em 1 levantamento de dados online feito pela própria Motorola com 20 mil pessoas e divulgado este mês, foi constatado que 41,5% dos participantes analisados eram ‘teledependentes’. Ou seja, impressionantemente quase 50% dos que responderam a pesquisa nunca deixam de utilizar o telefone ao longo do dia. Por outro lado, 32% dos pesquisados são considerados ‘teleconscientes’ e apresentam uso equilibrado de seus smartphones. 1,5% foi a média de ‘telefanáticos’, aqueles que nunca ficam sem telefone e se sentem vulneráveis e estressados sem ele.
Os nºs falam por si próprios, e numa realidade em que ensinamos as crianças desde cedo a desbravarem as dádivas dos smartphones e tablets (se bem que a teoria da evolução de Darwin parece ter entrado em ação e elas já nascem sabendo), o cenário está longe de mudar.
Você pode pensar: “Mas qual é o problema de eu usar o celular do jeito que eu bem entender?!!?!??!”. Bom, você pode usar o quanto quiser, mas fique sabendo que não é nem 1 pouco saudável, pelo menos de acordo com pesquisadores, como a farmacêutica-bioquímica e especialista em Toxicologia Aplicada, Ana Maria Daitx Valls Atz.
Ela diz que este tipo de aparelho emite ondas eletromagnéticas não-ionizantes que podem alterar o organismo humano quando exposto em excesso. Os sintomas vão desde dores de cabeça a exaustão crônica, insônia, ansiedade, problemas cardíacos, flutuações de pressão sanguínea, enfartes, derrames, doenças cerebrais degenerativas, leucemias e tumores malignos. Ufa!!!
Fora todos os ‘problemas de distração’ que acabam acontecendo como consequência dos hábitos daqueles + dependentes, ou até daqueles que nem são tanto, mas que já caíram na tentação de sair andando por aí enquanto conversam no Whatsapp até inevitavelmente topar o dedão na quina da cama ou tropeçar na calçada. Vai dizer que você nunca presenciou alguém descendo escadas com os olhos na tela do celular, seja em casa ou no trabalho, ou utilizando enquanto dirigia, ou durante 1 prova importante? Aposto que já. E isso também é preocupante.
Então a dica desta postagem é: reveja seus costumes em relação ao telefone celular.
Deixe ele 1 pouco de lado quando não for absolutamente importante. Se você faz muitas ligações, tente usá-lo com certa distância da orelha. Se não precisar do despertador, desligue o aparelho durante a noite, ou o mantenha longe da cama. Faça 1 caminhada, levante-se pra conversar com as pessoas do outro lado da sala, coma, trabalhe, tome banho, viva.
Garantimos que o mundo estará lá quando você voltar.