A 1ª X sempre é emocionante. Conto agora sobre a 1ª exposição individual do fotógrafo Roberto Fernandes. A mostra gira em torno de paisagens, cenas do cotidiano de pescadores, rendeiras, da brincadeira das crianças, dos marisqueiros e do reflexo das águas em união com as nuvens.
Roberto Fernandes é maceioense, formado em Ciências da Computação e Direito. Foi somente aos 30 anos que descobriu a fotografia como forma de estudo da expressão humana e sua interação com o ambiente em que vive.
Seu trabalho é focado no ‘documentarismo’, sempre levando em consideração os aspectos sociais, econômicos e antropológicos, descobrindo os + diversos sentimentos. Foi desse seu trabalho que surgiu a exposição “Mundaú”, com curadoria do artista plástico Rogério Gomes.
Fernandes recorda da 1ª X que seus pés tocaram a Lagoa Mundaú, “Foi uma mistura de ansiedade, curiosidade, medo e incrível sensação de liberdade mesclavam meus sentimentos ao cruzar suas águas a bordo da embarcação que meu pai usava para visitá-la nos finais de semana… O tempo foi passando, já não visitava mais aquele paraíso. Um dia, porém, a lagoa surge como tema de um projeto fotográfico; documentar seu povo, hábitos, as paisagens… Voltei a frequentar o bairro do Pontal, ver sua gente, seu trabalho, seus hábitos, enfim, seu modo de vida”.
A combinação de registro documental com memória afetiva, tornou a Lagoa Mundaú o tema, o motivo e o assunto para apontar questões de engajamento sociopolítico, ecológico e antropológico.
“É possível também entender a distância e a proximidade entre percepção e ação, experiência estética e processo reflexivo, intensificando o princípio, segundo o qual, acontecimentos específicos pontuais no contexto afetado, encerra concepção muito particular, mas contém rebatimento universal: Todas as faces da matéria encontram-se mutuamente relacionadas, independente da latitude onde possam ocorrer. Essa observação atenta, propicia a descoberta sobre a existência de múltiplos sistemas interagindo na natureza, agindo de modo processual, provenientes de relações inicialmente indispensáveis”, 2º release.
Fernandes já teve trabalhos expostos no projeto “Vozes do Velho Chico” (2015), realizado pelo Instituto Boibumbarte de Cultura e pela Pousada Trilha do Velho Chico; em “ALas” (2016); e nas coletivas internacionais: “Art To the World” (França, 2016) e “Art of de World” (Roma, 2016).
A abertura? Às 7 e ½ da noite da próxima 5ª, 11, na Galeria Gamma, ficando em cartaz até o dia 20 de setembro. O horário pra visitação? A partir do dia 12, de 2ª a 6ª de 2 da tarde às 7 da noite, e nos sábados de 9 da manhã à 1 da tarde.
O trabalho de Fernandes está incrível!! Vale aplausos!!
Ah! A Galeria Gamma é localizada na Avenida Luiz Ramalho de Castro, Nº 899, Jatiúca, em frente à Torre da antiga Telasa Celular.